Artistas-pesquisadores? Pesquisadores-artistas?

Bate-Papos   |       |    9 de setembro de 2011    |    4 comentários

Junto à programação de espetáculos do XVIII FNT (Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, acontece o X Encontro de Artistas Pesquisadores, como parte do Programa de Formação do festival. Ao ler sobre o encontro na programação – ato falho – li Artistas E Pesquisadores, como que separando os caras. E o ponto primeiro que esta programação coloca em questão é justamente esse: a capacidade do artista de ser pesquisador, de construir ciência (sistematizar e compartilhar sabedoria). Em outras palavras, estes encontros botam na roda a possibilidade de não separar o fazedor do pesquisador de arte.

Tal procedimento não significa necessariamente teorizar sobre as próprias práticas, tampouco significa a necessidade do inverso. Há uma infinidade de possibilidade de escolhas entre os objetos que podem, a partir do diálogo com o pensamento crítico e científico, tornar-se memória, conhecimento compartilhado, abertura de futuras portas para futuras pesquisas, impulso de novas ações…

No primeiro dia de conversas, tivemos contato com experiências bastante distintas de pesquisa – em metodologia, ideário, tipos de objeto – que não competem entre si: Teatro e produção de subjetividade (André Magela); A Transição dramática: princípio do teatro e técnica performativa do ator (Danilo Pinho); A partitura de pontos no jogo da cosntrução cênica (Hebe Alves); e Drama jogável: análise da aplicabilidade de procedimentos do vídeo game design na construção de textos dramatúrgicos para teatro (Victor Cayres).

A despeito do calor – e dos vários lugares disponibilizando cerveja barata logo ali fora – ficamos reunidos numa saleta pensando juntos, compreendendo juntos temas diversos – uns mais dramatúrgicos, outros mais corporais, outros mais políticos (mistureba, né?) – e, sobretudo, percebendo o estudo da arte como um campo científico que só é especial porque a gente o ama muito (piada!), mas que, tanto quanto qualquer outro, exige rigor e precisão para ter relevância. E, no meu ponto de vista, exige consciência de objetivos que sejam artísitcos, mas que não se limitem à arte, que a coloquem em relação – com outras ciências, com outras experiências…

Seria bom se…

Pudéssemos ter acesso online às pesquisas, não?

 

'4 comentários para “Artistas-pesquisadores? Pesquisadores-artistas?”'
  1. andré magela disse:

    será publicado online nos anais de um congresso um trabalho meu que dá um bom resumo sobre esta coisa de teatro e produção de subjetividade. isto será em 15 de novembro, assim, assim.

  2. Maria Edna de Moraes disse:

    gostaria de saber os horarios de peças de sabado e domingo e se e de graça mesmo

    obrigado

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