Guaramiranga, a lenda – dia 1: ponto 1 + besteirinha

Blog   |       |    8 de setembro de 2011    |    0 comentários

Depois de chacoalhar muito na subida da serra, finalmente estou passando frio no Ceará! Não é tanto frio assim, mas é bem impressionante. Neste primeiro dia, acompanhei 3 apresentações – uma da Mostra Nordeste (Flúvio e o mar, RN), duas do Palco Giratório do Sesc (Bilú e Curisco, MG, e Dentrofora, RS).

PONTO 1

O ponto 1 do dia 1 do festival é: faz uma puta diferença ver determinadas peças em sequência.

Em outras palavras, é bacana perceber que em um festival em que a programação é bastante concentrada (espaços próximos, quase sempre somente uma apresentação por horário, pelo menos 4 espetáculos por dia) a sequência de peças acompanhadas interfere na recepção de cada uma e estabelece, quase que naturalmente, diálogos – às vezes improváveis – entre elas. Aquela história da ordem dos tratores alterar ou não o viaduto, lembra?

Resumidamente – pretendo desenvolver isso nos textos sobre as peças – duas das três peças de hoje me pareceram muito relacionadas em torno do que querem comunicar, de modo que Dentrofora, com seu pessimismo irônico, fica muito mais engraçada depois do otimismo politicamente correto de Flúvio e o mar. Por outro lado, as relações estabelecidas com o público em Bilú e Curisco (Vai Bilu! Vai Bilu!) e Flúvio e o mar (Quer ver o mar, tio? Vai de busão! O escolar não paga!) colocam em evidência o sufocamento, a imobilidade e as relações mediadas e distantes levadas à cena em Dentrofora. E por aí vai…

BESTEIRINHA

E pra você que curte besteirinhas e modinhas, anote:

“Vai Bilú! Vai Bilú! Vai Bilú!”

… será – se é que já não é – o novo hit de Guaramiranga. E, #ficadica, é usado em muitos outros contextos para além da apresentação do palhaço Bilú.

Variante: “Fica Bilú! Fica Bilú!”

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