Talvez

Críticas   |       |    23 de julho de 2009    |    3 comentários

A tal da subjetividade

talvez 2

Foto: Juny KP

Essa é uma resposta à crítica do Lúcio Agra, publicada ontem no jornal Subjetivo nº 05, veículo do FIT 2009.
Se você não leu a crítica dele, esse texto é inútil.

Lúcio

É legal poder voltar a falar com você, três anos depois das suas aulas que eu tanto cabulei na pós-graduação do Senac. Diferente da definição do dicionário, eu não fiz cábula. Faltava às aulas por razões materiais: precisava trabalhar pra pagar o curso onde tinha me inscrito. De repente o trabalho, agora crítico, é a desculpa para o reencontro entre mestre e estudante, e para propor diálogos que não pude na época. Um pequeno adendo subjetivo.

Minha questão quanto ao seu texto sobre a montagem de Talvez se relaciona mais com o tema da curadoria, do que com a peça propriamente. Do sétimo ao penúltimo parágrafo, você para as reflexões que fazia e passa a falar das suas lembranças. Faz alusão à músicas do Cazuza e do Engenheiros do Havaí. Diz que “gosta muito do notebook”. Pergunto-me se você estaria embarcando na proposta do subjetivo, feita pela curadoria.

Não tenho muito mais que isso a perguntar. As duas lacunas que me sobram ao ler seu texto sobre Talvez são, por que tratar do indivíduo na forma da crítica? Pergunto para além e aquém da moda do momento: a subjetividade. E por que definir o que é da performance e o que é do teatro? Não achei que a você se importasse tanto com definir o que é do teatro, o que é da performance ou o que está na fronteira. Há alguma razão específica pra tentar definir isso nessa ocasião? Existe realmente essa zona de fronteira, de limite? Talvez se não tivesse faltado tanto às suas aulas, não estivesse fazendo essa pergunta. Mas como o diálogo é público, pode servir não só a mim.

mais 1 abraço

Ps: Você chegou a pensar em falar dos meios de produção da peça?
Ps2: Confira também a outra crítica da crítica de Talvez.

'3 comentários para “Talvez”'
  1. Cesar disse:

    … Esta segunda critica a critica me faz entender o seu recado.
    Abs, Cesar

  2. Fabrício Muriana disse:

    Ih, mas aqui você não comentou como lá.
    O recado não está dado, mas a conversa está aberta.
    Se achar que tem algo acertado ou leviano, fique à vontade pra comentar.
    Valeu pela nova visita.
    Abraço

  3. Cesar disse:

    Fabricio,
    Nada de leviano. Nenhum recado diretamente da minha parte.
    Acho pertinente questões sobre a performance e o teatro.
    Pra mim a performance passa pelo instante, podendo raramente ser re-apresentado. Vale o que ficou. No caso de uma peça a repetição é a prova dos nove e em tempo presente. Porém, neste caso exsitem pontos de semelhança entre as duas formamas representar o mundo e apresenta-lo verdadeiramente.
    Isso dá muito panop pra manga.
    Convido vc para entrar no BLOG do TALVEZ. Ali, maybe, vc encontrará algo para contribuir tb — http://projetotalvez.blogspot.com

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