Agosto de 2007
105 pseudo-resenhas (quase crÃticas)
A internet é uma amiga da Bacante, por dois grandes motivos. O primeiro, é que se não fosse ela, esse espaço indecente não existiria. O segundo, é que ela nos protege contra pedradas e tomatadas. Desde nossa estréia (isso já faz quatro meses), percebemos que tem uma turminha sapeca que fica à espreita, esperando a gente escrever alguma bobagem com dedo em riste. A verdade – e essas pessoas ainda não perceberam – é que nós SÓ falamos bobagens. Imagine se recebêssemos uma tomatada a cada uma delas! O tomate seria mais lucrativo que a cana de açúcar no mercado internacional.
Já fomos chamados de tudo aqui nesse espaço: mentirosos, de má-fé, levianos, ditadores, bolcheviques e pseudo-intelectuais. Poxa, pseudo-intelectuais? Tá certo que é uma pseudo-revista-de-teatro feita por pseudo-crÃticos, além de nas horas vagas serem pseudo-atores.
Nesses quatro meses (e mais de 100 pseudo-resenhas publicadas), conquistamos ainda dois novos pseudo-colaboradores, e parece que perdemos nossa assessora de imprensa pseudo-parceira – Sônia, cadê seus spams? (brincadeira, Sônia, a caixa de e-mail livre é bem melhor). Bem, saÃmos ganhando com a Dani e o Valmir, afinal, agora a Bacante está em processo de expansão: Santo André, Rio de Janeiro… de onde virá o próximo corajoso?
Mas voltando ao assunto. Pseudo-intelectuais? Cabe, neste pseudo-editorial, esclarecer algumas coisas:
1- Não somos pseudo-intelectuais.
2- Não somos intelectuais.
3- Não queremos ser intelectuais, obrigado!
Estamos há tão pouco tempo no ar e parece que já confundiram a Bacante com a crÃtica da grande mÃdia. Tudo bem, as pessoas se perdem mesmo, a gente entende. Então, vamos reafirmar aqui que não temos missão, compromisso, nem ética definidos. Não adianta reclamar! Quer um meio de comunicação informativo e confiável? Vá assistir ao Fantástico (A sua revista eletrônica semanal) ou ler a Veja. Aqui, nosso único compromisso cristalizado e inquestionável é o humor. Em outras palavras, pra ficar didático: a gente perde o amigo, o leitor, a entrevista, o convite pra imprensa, o espumante do lançamento, mas, definitivamente, não perde a piada.
E para ninguém mais ter dúvidas, vamos recapitular o que a gente faz aqui nessa joça:1. O colaborador da Bacante vai assistir peças e opinar, fazendo humor com tudo o que for passÃvel de ser zuado, para o bem ou para o mal (e pra além deles também).
2. A Bacante vai entrevistar pessoas que nos parecerem interessantes e que, de preferência, nunca tenham sido entrevistadas antes. Sim, também podemos fazer chacota com elas.
3. Vamos entrevistar um monte de pessoas sobre um assunto que considerarmos relevante e montar uma matéria. Muitas dessas pessoas e o que disserem será razão de piada na e sobre a matéria.
4. A Bacante vai ficar de olho nas fofocas e vai postar no blog sempre que o Juca “Albieri” de Oliveira ameaçar fazer intervenções genéticas.
5. Vamos, claro, cobrir todos os festivais que conseguirmos, principalmente se nos convidarem e se tiver espumante no lançamento em São Paulo.
6. A Bacante vai, com muita força de vontade, procurar sempre alguma coisa boa, mesmo nas montagens mais descuidadas – nem que seja o tom do azul do manto Hi-Tech do Zé. (Este item está firmado aqui pois, recentemente, fomos acusados de só esculhambar as peças… o que, checando demoradamente nossas 105 resenhas, não é nem meia-verdade).
E o nosso objetivo não é sermos palhaços não. Até porque ser palhaço requer anos de estudo e temos preguiça. Aqui, a gente quer falar do que quiser, no o tom que acharmos que os temas mereçam. Ou seja, vamos falar bobagens pra xuxu. Quer reclamar? O endereço do nosso ombudsman é jucadeoliveira@bacante.com.br.
E já que estamos falando de e-mails, aproveitamos para lançar aqui o nosso mais novo projeto: O Cadastramento de Assessores de Imprensa e Familiares (CAIFa).Regras gerais:
1. Se a peça do seu filho, sua filha, sua nora ou sua tataravó foi resenhada pela Bacante, escreva para: familia@bacante.com.br e cadastre-se. Você terá direito, inteiramente de graça, a uma cota de comentários e poderá encher o seu campeão de elogios!
2. Se você é assessor de imprensa de uma peça resenhada aqui e quer colocar em prática todo o seu poder de persuasão para defender seu cliente das nossas crÃticas pseudo-intelectuais, escreva para: assessoremacao@bacante.com.br e cadastre-se. A cota comentários para assessor é ainda maior do que para familiares, porque assessor – em geral – só tem um, né?De resto, continuamos buscando diálogo com os grupos e com a produção teatral, especialmente de São Paulo, mas sem restrições (adorarÃamos ir à Rússia, inclusive, estamos analisando várias propostas…). Se o diálogo for divertido e com cerveja gelada, melhor. Se tiver que ser pela Internet, então vamos batalhar pela meta de 100 comentários por resenha, sempre com humor e falta de critério.
É isso aÃ. Viva a Bacante. Vida longa. Acho que se opinião tivesse regra não teria graça em fazê-la. Opinião tem que ser diferente… se for só pra falar bem, copia e cola as outras resenhas e muda o tÃtulo.
É… ou copia e cola o release, como tem muita gente fazendo por aÃ! Valeu Jan… mas não esquece de falar mal da gente tb! rs
Beijo.
acho que esse negócio de achar que crÃtica é sempre feita com má fé, que as pessoas que argumentam sobre falhas estão propensas a só ver os defeitos, é um mal bastante grande e disseminado. os indivÃduos em geral não estão acostumados a lidar com defeitos de uma forma natural, acreditando que erros são terrÃveis e portanto quando alguém os aponta, seja da forma que for, isso belisca lá no fundo os egos armados… e então tá cheio de neguinho na defensiva, sem nem mesmo pensar porque aquela falha é apontada, achando que tá todo mundo querendo foder com ele… tá cheio de coisa ruim por aÃ, e se é ruim tem que falar. e quando é bom, fala também. é a vida.
parabéns pelas crÃticas de vocês. eu na verdade acho bastante sensatas. viva a liberdade de expressão.
Quero dizer que me senti muito bem defendido pelos editores e pelas nossas sub-editoras (zoeira, Juli e Leca, zoeira) e também pela minha colega de estréia Dani Ãvila e sua ginga carioca (zoeira, zoeira). E também quero dizer que adorei o editorial. Tá ótimo. Viva a opinião e viva os familiares. Sem eles, nunca serÃamos defendidos em nossas peças mal-feitas. Evoé!
Falou bem, Paula. Ninguém gosta de destruir os sonhos de mães orgulhosas, não é mesmo!
Teve umas semanas que peguei uma maré de azar, e só via peças não elogiáveis… cansei. Mas agora tem também o Valmir pra dividir a responsabilidade de ver esse grande gênero do teatro brasileiro… hehehe.
Bjos.
Paula,
Acho que a gente tem que considerar que tem gente que só procura defeito, sim! Isso é uma merda! Rola muito e é triste porque a pessoa perde o que pode haver de bom e relevante. Mas a gente, na Bacante, procura coisas boas, é o propósito. A gente gosta de ver coisas boas, juro! O problema é que se falarmos que é bom quando é ruim o que vamos falar das peças realmente boas? Enfim…
Valmir, não precisa agradecer! Tava divertido!
Beijo,
Juli =)
é! e tenho dito!
é, mas gente que a gente sabe que só fala mal, a gente nem leva em consideração.
é bom ver coisa boa sim. e é bom falar que é bom. e é importante saber dizer que é ruim. pelo menos ruim pra alguém. sempre vai ser ruim pra alguém.
É isso aÃ, Paula. Sempre vai ser ruim pra alguém. E sempre vai ser bom pra alguém. É claro que alguns critérios são bem objetivos, mas existem muitas questões que são completamente pessoais…
Enfim, todo texto tem questões pessoais, por mais “pseudo-imparcial” e “pseudo-neutro” que ele seja.
Beijos.
Uma pergunta capciosa: Os colaboradores também ganham convites para estréias, espumantes, etc?
Fizemos uma pesquisa há pouco, Ronaldo, e descobrimos que nossa relação espumante Per Capta é muito baixa.
Em 4 meses de revista fomos convidados para uma festa com espumante (mas não bebemos, pois somos abstêmios) e nenhuma estréia.
Ou seja, fazendo um cálculo simples, querem que a gente beba mais do que assiat peça.
Por mim, tudo bem.
Mas o espumante é rosê? Se for rosê, muda toda a base de cálculo, amizade…
Não pode, uóshito, não pode ser rosé!
Tudo nesse paÃs tende a ser rosé.
Tem que ser tinto sangue ou branco mijo.