Encontrando a galerinha de teatro no Cerrado

Blog   |       |    16 de novembro de 2009    |    0 comentários

vamos ao teatro 2

Se eu fosse a polícia militar falaria que na abertura do II Encontro de Artes Cênicas do Cerrado (não seria “no” cerrado?), três mil pessoas lotaram o canteiro de obras do Teatro Municipal de Uberlândia, o queijinho minas projetado pelo Niemeyer.

Também não era pra menos, afinal quem abriu o evento foi o queridinho Grupo Galpão, a referência número um quando se fala em teatro pelas bandas das Minas Gerais. E como todo mundo quer ser o Galpão quando crescer, ninguém se importou com o atraso de meia hora, e após a apresentação ficaram loucos para colocar 5 reais na sacolinha que passam no final da apresentação, tirar uma foto com a Inês Peixoto, comprar uma camisetinha “Till – eu fui” e sonhar com o dia em que vão ganhar uma carreta de presente da Petrobrás.

Melhor que a peça só a cara da secretária de cultura, Mônica Debs, na platéia, quando dois integrantes do movimento “Vamos ao teatro Grande Otelo”, que reivindica a reativação desse teatro, subiram no palco e estenderam sua faixa, seguidos de um aplauso eufórico da platéia (infelizmente não pude ver a cara do prefeito, que após a manifestação passou de costas ao lado dos manifestantes).

Toda essa pompa só foi o melzinho na boca pro que vai rolar até o dia 21 de novembro no cerrado, que discutirá “Ofício: tradição, sustento, renovação”, com presença de nomes como Cibele Forjaz, Luiz Fernando Ramos, Ney Piacenini, Maria Tendlau e Grace Passô (e a campanha “Grace, dá um abraço no Emilliano!” continua).

Como o encontro faz parte das comemorações de 15 anos do Grupontapé, estou procurando uma boa companhia para ir comigo tomar um prosecco na festa de debutante na elegantérrima The House. Só uma exigência, o traje é esporte fino (já entrei nas aulas de golfe pra não fazer feio).

golfe

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