Hamlet

Críticas   |       |    9 de setembro de 2008    |    28 comentários

Hamlet, completo

“Você sabe que estou certo. Sabe que há um monte de trabalho a ser feito. Pode parecer impossível, mas, se todos fizermos a nossa parte, descobriremos alguma coisa. Mas você não tem muito tempo. Tem cerca de dez minutos, na verdade. Então tudo recomeça. Portanto, faça algo com o tempo que tem.”

Fotos: Sandra Delgado

São 17h38 de um domingo quente e o meu bauru ainda não saiu. No final da Rua Dona Antônia, muito próximo do início da Rua Alagoas, onde está a Fundação Armando Álvares Penteado, não encontrei ninguém que soubesse onde ficava a FAAP. Teatro então, só sabiam dos da Consolação (Commune e Fábrica) e dos da Roosevelt (me recuso a listar).

Adentro o Museu de Arte Brasileira, já na instituição, e vislumbro as obras de Aleijadinho. Não há dúvidas de que cheguei aonde deveria. A fila de retirada dos ingressos conta com uma organização impecável. Recebo um ingresso em que, na leitura ocidental – da esquerda pra direita, de cima pra baixo – vemos antes o logo do Bradesco PrimeArts que apresenta a obra de “Willian” (sic) Shakespeare.

Mas afinal, a Lei de Incentivo à cultura, anunciada depois da infinita lista de apoiadores e do patrocinador exclusivo – novamente o Bradesco Prime – não é aquela em que as empresas destinam uma porcentagem do seu imposto para patrocinar uma obra artística? Não compreendo. Os ingressos custam R$ 80,00. Pois, cazzo, onde foi parar todo esse dinheiro público captado?

(No momento em que escrevo esse texto, recebo uma mensagem anunciando que Cliente ClaroClube tem 60% de desconto no Miss Saigon!)

Comprei meu ingresso com duas semanas de antecedência e mesmo assim vou assistir à peça da fileira J. Shame on me, que não me planejei suficientemente. Será que houve alguma reserva, com verba pública, de ingressos para os garbosos clientes do Bradesco Prime? Ou será que a lotação se deve aos neonazistas simpatizantes do Capitão Nascimento? Ou, ainda, às senhorinhas reunidas para dar guardachuvadas no Olavo de Paraíso Tropical? Vou me informar.

Sentado na poltrona, ao lado do público cheiroso, lembro do Pedro Neves, assessor de imprensa da equipe da Factoria Comunicação, que nos conduziu em banho-maria por semanas. Pedro é o nosso Godot. Nem disse que havia cota de imprensa, nem disse que não. Se levássemos só a equipe de editores da Bacante (desprezando os colaboradores), o valor já seria superior à manutenção do site por um ano. Mas tudo nessa vida tem um preço, ora bolas. Obrigado por nada, Pedro.

Ao meu lado, quando ouvimos as primeiras palavras de Wagner Moura – “por favor não tirem fotos ao longo do espetáculo” – uma senhorinha sentencia pra mim “ele está rouco”. Eu digo “falamos disso no final da peça”. Dez ou quinze falas depois ela muda de idéia e fala à sua companheira “ele está fanho”. Não faltaram outras intervenções críticas de gatilho rápido ao longo da peça. No primeiro diálogo de Hamlet com Roze… e Guild… ela dispara “que lindo”. E quando acendem as luzes para o intervalo, conclui “é uma peça tensa”.

Adoro o público sem educação, desses que comentam no meio, que tiram foto quando não pode, entram bêbados na sala, que tossem, que abrem pacotes de bala. Mas há poucas coisas mais insuportáveis que o perfume do público da FAAP. E é certamente algum acordo tácito. Quando assisti Variações Enigmáticas, com Paulo Autran e Cecil Tirré no mesmo teatro, lembro exatamente desses cheiros acumulados.

“O maior ator do Brasil tem 22 anos e chama-se Sérgio Cardoso”, escrevia Paschoal Carlos Magno numa crítica publicada em 08 de janeiro de 1948. A peça era Hamlet. “Mas quero registrar que saí do teatro envolvido e arrebatado pelo espetáculo. Ele me acompanhou durante a noite e pela manhã. Me fez pensar, ler o longo texto do programa, em que o lúcido Aderbal disseca as raízes e a estética da montagem” disse Alberto Guzik, um dia depois de assistir ao Hamlet da FAAP. “Este Hamlet é indispensável e antológico justamente por sua essencialidade. Não busca ser original, mas eficiente, e faz um apelo emocionante e contagiante pela própria grandeza do Teatro” ressalta Sérgio Sávia Coelho, em sua crítica ao Hamlet do Wagner Moura e da Bradesco Prime Arts em 2008.

Vamos brincar então de crítica normativa. A mim, este Hamlet se apresenta como uma aula, em tudo que ela tem de bom e ruim. Sobrou autonomia para traduzir e faltou pra editar. O resultado é mais uma montagem textocêntrica. Um espetáculo anunciado pelo release com duração de 2h50min, dura verdadeiramente 3h40min. Shakespeare e Aderbal deveriam saber que Faustão no domingo é sagrado. “Não foi feito nenhum corte, mas conseguimos deixar o texto mais comunicativo” disse Aderbal. Shakespeare agradece pela lapidação do clássico. O bem-fazer parece estar em todo lugar. Com 80 reais por ingresso, eu já deveria supor.

A entrega de Wagner Moura e a inesperada presença de atores como Gillray Coutinho, num Polônio inesquecível, faz com que tenhamos alguns lapsos de esquecimento de todo o invólucro do espetáculo. Mas isso não é suficiente para que esqueçamos as diversas vezes em que Wagner Moura fala para o chão, como se ali – ou no inferno, quem sabe? – estivesse seu público. É o Hamlet com mais perdigotos da história. Wagner Moura atua com mais força do que técnica. Por sorte, sua técnica é suficiente e os diálogos e monólogos parecem um pouco menos infindáveis.

Mas esta forma, a que vem? Guzik diz que ouviu, na saída da peça, pessoas comentando que este espetáculo não era tão bom quanto o de Enrique Diaz. Não acho uma questão de bom ou ruim, nem de comparar. Mas esse é um Hamlet pra ser visto antes do da Cia. dos Atores. Quase como aqueles livros Para entender Ensaio.Hamlet. Se pudesse situar essa montagem no tempo, acho que a década de 60 seria o momento ideal pra que ela entrasse em cartaz. O vídeo estava sendo descoberto. Ok, não haveria uma projeção daquele tamanho, mas Nam June Paik já poderia montar com TVs aquele mesmo aparato que vemos na FAAP, inclusive transmitindo ao vivo. O efeito cênico seria muito próximo e haveria uma apropriação da linguagem do vídeo pelo teatro que dialogaria com o seu tempo (década de 60).

“Descobri muita coisa traduzindo. Hamlet é a peça de Shakespeare que mais fala sobre teatro: esse foi o mote de minha direção”. Disse o release que disse Aderbal Freire Filho. Uma obra por meio da qual podemos falar de política, religião, psicologia, guerra, amor, e o foco escolhido foi o teatro. Cada um escolhe o que quer. As aspas do release mais especiais ficam por conta do figurino: “Apesar de uma discreta inspiração na Renascença, os figurinos de Marcelo Pies não determinam época nem local. ‘As roupas são neutras, equilibram o épico com o atual, mas não são roupas de hoje em dia. O espetáculo mostra uma atualização profunda, mas não busca a modernidade aparente’, analisa Aderbal.” Foi o mesmo que não falar nada. De minha parte vejo esse figurino apontando mais pras lojas da Oscar Freire do que para a história do bardo inglês.

No riocenacontemporanea, o ator que interpreta o mecânico em Tropa de Elite se irritou quando a décima pessoa o abordou perguntando “tem ou não tem carburador?”. Não, não houve barraco. Ele disse “Cara, se você está aqui, deve saber que aquilo é um trabalho artístico”. Na montagem da FAAP estão o Baiano Laertes, o Neto Horácio, o Capitão NasciHamlet e claro, como já foi dito, o Bradesco Tropa de Elite. O resultado é uma grande ironia, como já se previa quando a matéria sobre a montagem saiu na capa da Bravo.

Wagner Moura afirmou que gostaria que fosse só mais um Hamlet. Besteira, ele fez, como disse Sérgio Sálvia Coelho, o Hamlet da sua geração. Ao final da experiência de assistir a essa montagem, pode se compreender que Hamlet, mesmo com uma montagem textocêntrica, segue totalmente atual. Não há dúvida que continua havendo algo de podre no reino da Dinamarca.

“Tempo é um absurdo. Uma abstração. Uma única coisa que importa é este tempo. Este momento um milhão de vezes. Você precisa confiar em mim. Se este momento se repetir suficientemente, se você continuar tentando – e você precisa continuar tentando – , por fim você chegará ao próximo item da lista.”

Não tem preço

Ps: As citações do início e do final dessa crítica são do conto Memento Mori, de Jonathan Nolan.

'28 comentários para “Hamlet”'
  1. Elder disse:

    Sei que você gosta do público FAAPiano. Antes da peça começar, estava sentado pensando em coisas aleatórias quando vi a senhoura à minha frente colocar o colar de pérolas. Fiquei me perguntando porque ela não havia o colocado antes, quando saiu de casa. Minha conclusão: ela queria tornar aquele momento exclusivo para Wagner.

    Em sua homenagem, três diálogos que ouvi quando fui ver o Hamlet. Os dois primeiros aconteceram durante o intervalo e o terceiro, quando estávamos saindo da sala.

    DIÁLOGO 1

    РAi, mas t̫ achando estranho.
    – É que o teatro contemporâneo é assim.
    – Mas nem dá aquele prazer de ver as roupas de época.

    DIÁLOGO 2

    РGente! Que texto ̩ esse?!?!?

    DIÁLOGO 3

    – E ele fica lá quase quatro horas!
    – É…
    РNossa, dura at̩ mais que musical!

  2. louca pra ver. 18 de outubro. se deus quiser. comprado com muita antecedência. beijos!

  3. Guilherme Arruda disse:

    Entre outros diversos aspectos (infelizmente ruins, na maioria), um me incomodou muito durante e depois do espetáculo, por dias e dias. A ponto de me fazer pensar:

    “Será que a indústria da moda começa, agora, a invadir também os palcos? E com tamanha cara-de-pau e desrespeito? E o que levou esses ‘artistas’ a aceitarem tal absurdo? Ah, além da grana com a bilheteria, o galã-celebridade faturou horrores também com o cachê… E mais, se a produção queria me vender roupas da Osklen, por que ela (a Osklen) pelo menos não se dignou a me oferecer o ingresso? Não que eu tivesse aceitado, mas pelo menos teria usado os R$ 80,00 pra comprar uma sunga nova na sua ‘flagship store’, na Oscar Freire… Será que vem aí uma coleção inspirada na obra de Shakespeare?”

  4. Julia Ornelas disse:

    Fabrício vc realmente gosta de teatro ?
    Ou a palavra “crítico” te parece autoexplicativa demais ?

  5. Fabrício disse:

    Eu gosto é de beber. Esse site eu só fiz com a galera pra pagar de gatão.

    Abraço

  6. Fabrício disse:

    Confirmei ontem.
    Houve sessão fechada para clientes Bradesco Prime. Será que eles captaram a grana pra essas apresentações via Lei Rouanet Prime? Ou foi a mesma rouanet que, em tese, deveria fazer o papel que o governo não faz?
    Reafirmo: eu gosto é de beber!

  7. Cristiano disse:

    Achei que Wagner Moura queria aparecer mais que a peça, tendo uma atuação muito forçada. Em alguns momentos, especialmente nos monólogos, ele foi bem acertando no tom sofrido do personagem, mas em seus momentos de comédia, foi exagerado por demais, digno do Zorra Total.

    O Hamlet de Moura é um esquizofrênico

  8. Fernando disse:

    Uma coisa ̩ certa: РOs perdigotos do Hamlet.
    Caráca, como o homem cospe !!!

    Público FAAPiano ? E só me alertaram agora ? Eita mania de rotular, meu deus. Será que quem não é, tipo assim … tipo FAAPiano, não pode ir lá e assistir a peça ? Ou será que pelo fato de ser na FAAP o público muda ?
    Não sei. Vou muito pouco ao teatro da FAAP.
    Acho que é publico, tipo assim… tipo público de peça de R$ 80,00. Né não ?

  9. juliette disse:

    e o figurino do marcelo pies é discaradamente copiado de uma montagem do abc chamada hamlet S.A., até a folha já noticiou isso

  10. juliette disse:

    http://www.bacante.org/revista/critica/hamlet-s-a

    só ver as fotos, achei aqui uma crítica pro hamlet sa

  11. […] Bradesco Prime amava e patrocinou o Hamlet que é protagonizado por Wagner Moura que – como é lindo o amor! – foi o vencedor do Prêmio […]

  12. Priscila disse:

    Eu não vi e não assistirei a peça. Agora ela está no Rio. sou carioca. Estava pesquisando porque quero fazer um to contra esse abuso e essa cara de pau de cobrarem R$ 80,00 reais. Ainda mais depois do Wagner Moura ir à Brasília fazer campanha contra a meia entrada. Se a peça está sendo realizada com incentivo da lei rouanet, quer dizer que o Bradesco tá pagando de patrocinador sem ter colocado um tostão do bolso e o ingresso custa R$ 80, reais. Exigirei o dinheiro de volta. Afinal esse dinheiro em imposto talvez fosse mais útil.

  13. Vera Pereira disse:

    Não acho nada. A peça ainda não chegou ao Rio. Agora, sobre sua crítica, eu acho que você ficou devendo uma apreciação do espetáculo teatral em si, da montagem do Aderbal, porque só li comentários sobre o público, o patrocínio, os cuspes do ator. Sobre teatro mesmo, estou aguardando.

  14. orlando disse:

    Assisti ontem aqui no Rio.
    Adorei a montagem.
    Ela respeita o texto, a idéia, a provocação e o convite do autor.
    Viva a liberdade e a coragem de fazer, agir…
    Um abraço.

  15. Daniele Avila disse:

    fabricio, meu caro!
    acabei de assisitir a peça do wagner moura. não acho que seja uma montagem textocêntrica, acho q é atorcêntrica! se esse é o hamlet dessa geração, puta que pariu. que geração fudida.

  16. Luiz Carlos disse:

    inovar não pode ser inventar
    sobre a invenção do sujeito morto……….

    …….o melhor nome para a peça seria
    o assassinato de Shakespeare………….
    no rio de janeiro no teatro da oi e no brasil da degenerescência pós-moderna onde cada um inventa a sua própria loucura não literária

    ………PODERIAMOS REFORMAR AS GRANDES OBRAS DE ARQUITETURA ESPALHADAS PELO MUNDO
    EM NOME DE UMA CRIATIVIDADE ASSASSINA
    TAMBEM INVENTADA ?????????????????????????

    o teatro perde o seu “dasein” quando decalca a arte …………
    e nada mais

  17. Carlos Vilas Boas disse:

    Noooossa… quanta gente ‘intelectual’ meu Deus! Fico até com vergonha…

  18. Carlos Vilas Boas disse:

    Dá até vontade de ser um, vou começar assistindo Laranja Mecânica..

  19. Diana disse:

    Foi a peça mais completa que já vi, conseguiram fazer de hamlet algo para todos os ouvidos, mais é preciso ir assistir de coração aberto a peça, se vc já vai com preconceito então fica procurando defeito em tudo. bem, eu amo teatro e amei essa peça. parabens a todos os atores. valeu o ingresso.

  20. Vou tentar rever, Diana, sem preconceitos.
    Love

  21. Louis disse:

    Vi ontem, em Recife, tal montagem de Hamlet e posso afirmar: a peça é uma lástima, horrível. Possui uma estrutura gorda, pretenciosa. Os atores exageravam terrivelmente em cada gesto, incluindo tentativas de humor que deixavam a platéia, não infreqüentemente, completamente muda, sem uma única risada – o que pensaram ao incluir, em uma tragédia Shakespeareana, tal humor mal realizado, estereotipado e, acima de tudo, tão banal quanto o que se vê no Zorra Total? Parece o resultado de um experimento dos atores da Malhação.

  22. Rosana Maria disse:

    Assisti a peça em Goiânia e achei um espetáculo de encher os olhos… Lamentável é a falta de cultura de pessoas que confundem ignorância com falta de qualidade!!!
    Pessoal, que tal ler , estudar e só aí se sentir apto a criticar???
    Parabéns Wagner Moura, parabéns jovens que vi em Goiânia despertados pelo prazer da compreensão das falas e do eterno Shakespere. Realmente não é para qualquer um, tem que tr estilo.

  23. Tô lendo, amiga.
    Sem parar, até na esteira da ginástica.
    Um dia chego a ter estilo.
    Beijomeliga

  24. Rosana Maria disse:

    Assisti a peça em Goiânia e achei um espetáculo de encher os olhos… Lamentável é a falta de cultura de pessoas que confundem ignorância com falta de qualidade!!!
    Pessoal, que tal ler , estudar e só aí se sentir apto a criticar???
    Parabéns Wagner Moura, parabéns jovens que vi em Goiânia despertados pelo prazer da compreensão das falas e do eterno Shakespere. Realmente não é para qualquer um, tem que ter estilo. Acorda Brasil…

  25. Fabiano Muniz disse:

    Ri muito com tais comentários. É impressionante, realmente muito hilário todos esses comentários sobre Hamlet, os perdigotos, preços de ingresso, o figurino e até uma nova galera intitulada de Faapianos…hahahahaha realmente isso é coisa de brasileiro… e se acham tão intelectuais, modernos e sofisticados hahahahaha são mesmo “caboclos querendo ser ingleses” hahaha que coisa mais caipira meu Deus!!! E ao Wagner Moura, tanto como ao Aderbal e toda a produção e elenco: parabéns pelo trabalho. E aos”críticos” ultrainformados: vão ler a obra de Shakespeare, vão ..afff

  26. Ariana disse:

    Vi HAMLET em Salvador. A voz que Wagner escolheu para seu Hamlet parece de Pato Donald, às vezes. Ele baba, cospe, em alguns momentos parece que vai ter uma convulsão no palco. Já vi outra montagem aqui, mas a de Wagner, apesar dos pesares, me prendeu mais. Ele é visceral, sem dúvida. Tem muita força no palco e carisma. Sinto falta, pelo vigor físico apresentado, da inação que Skakespeare coloca no seu texto no personagem de Hamlet. Da dúvida, conflito, angústia, insegurança do Ser e o Não SER. Quando o Hamlet (Wagner) resolve fingir de louco não vi tanta diferença entre o personagem normal e o louco. Polônio, o ator qoe o respresenta, histriônico, totalmente. A atriz que faz Gertrudes também não gostei. Os demais até compro suas interpretações. Gosto da direção de Aderbal, da concepção do palco nú, nada de ator indo no camarim trocar de roupa, atores em cena, expostos.

  27. Rafael Kafka disse:

    Hamlet sapateando?As pessoas rindo?Telão?Capitão Nascimento “traduzindo”?

    Hamlet é uma tragédia, pelo amor de DEUS, não é para rir, é para refletir sobre o lado obscuro da alma, sobre o tênue limite entre amor e ódio, vida e morte!

    As pessoas não conhecem a obra original e aplaudem como focas!

    Foi hilário ver a pseudo-elite falida e analfabeta de Salvador falando que foi “maraviôsú”, “cheiú de filosôôfiá”, mostrando que não diferem, em muito, dos faapianos.

  28. astier mata baratas disse:

    A elite só tem sotaque é analfabeta
    em salvador?
    – olha a chinela, Kafka…

    E qto a não conhecer a obra original…
    bom, na bilheteria
    acho q não tinha ninguém
    conferindo
    currículo e vendendo
    só a qm tinha lido, né?

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