Mapeamento eternamente em constrṳ̣o РBate-papo com o grupo Arte e Fatos

Bate-Papos   |       |    3 de novembro de 2009    |    0 comentários

Grupo de Teatro Arte e Fatos da Universidade Católica de Goiás – Goiânia – GO
Representante: Danilo Alencar

1. Financiamento: como o grupo financia seus trabalhos?

Num passado não muito longínquo, a Instituição que mantém o grupo ela também financiava a maioria dos projetos. Hoje, não deixa de financiar, porque eu sou funcionário, eu sou contratado como coordenador-diretor do grupo, mas devido a esta crise muito grande que vem se alastrando por algum tempo muito antes de ser institucionalizada como crise, nós tivemos que percorrer outros caminhos. Então, hoje nós temos uma Lei forte, funcional, com alguns paradoxos, que precisam ser discutidos e estão sendo discutidos, que é a Lei Municipal de Incentivo à Cultura, que é do município. É um modelo, essa lei foi fundada na gestão do PT, há uns oito anos, e ela se mantém viva. É por isenção de ISSQN e IPTU, os empresários deixam de pagar isso e existe uma cota pré-estabelecida pelo município, pela Secretaria Municipal de Cultura e nós fazemos a captação, é uma lei bem funcional. E também nós nos beneficiamos muito e achamos que o panorama melhorou bastante com os prêmios federais, que é o Myriam Muniz. O meu espetáculo hoje me cartaz, que é Balada de um Palhaço, do Plínio Marco, ele foi contemplado tanto com a Lei Municipal quanto com o Myriam Muniz.

2. Diálogo com o entorno: como as questões da sua região estão presentes na obra do grupo e, por outro lado, como o grupo está presente nas questões de sua região?

O grupo de que estou à frente é oriundo de um curso de História, eu sou historiador e o grupo chama Arte e Fatos, como eu disse anteriormente. Então, a gente tenta ao mesmo tempo quando vamos contemplar a dramaturgia ou a concepção de montagem não só criar uma relação com a linguagem e com o contexto fragmentado da região, mas também com a linguagem universal. Como é uma instituição que se baseia na filantropia, esse grupo mantém também oficinas, que são administradas por mim e por outros colegas em outras áreas, outras linhas artísticas que contemplam a comunidade, então o trabalho acaba respaldando não só na linguagem do produto final artístico, como também nesses exercícios de convivência cultural pros alunos da instituição, pra comunidade geral da Universidade e a comunidade também tanto da capital, como do Estado.

3. Fator agregador: qual o fator agregador/ definidor/ de união do grupo?

A persistência e a paixão. Eu estou à frente do grupo há 21 anos e temos, através do resultado dos trabalhos, demonstrado isso, não só local, no município, como no âmbito nacional, às vezes até internacional e a seriedade do trabalho, isso acaba respaldando e a ressonância é muito grande e a comunidade local e fora da cidade tem um entendimento dessa ressonância pelo resultado, né? A seriedade. São mais de 21 anos de trabalho, mantendo sempre uma linha coesa, isso não é de absolutismo, mas de muita responsabilidade, muita seriedade no trabalho.

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