Ontem aconteceu o debate “A hora do teatro épico” com a Iná Camargo Costa e o João das Neves no ciclo “Dramaturgia Crítica” da Cia. do Latão

Eles falaram de três momentos do teatro político brasileiro das décadas de 1950 e 1960: o Teatro de Arena (sua fase “naturalista”, mas com temas épicos – Eles não usam black-tie e Chapetuba F.C. – e a sua posterior guinada para a forma épica – Revolução na América do Sul e A Mais-valia vai acabar, seu Edgar), o CPC e o Grupo Opinião – com a autoridade do João das Neves que viveu e participou dos três momentos.

Por fim, passaram a considerações sobre a necessidade de um ponto de vista marxista na atuação política no teatro. No entanto, sobre esse ponto, João das Neves fez a ressalva de que “por ser marxista” não tem a obrigação de sempre fazer um teatro político que fala sobre o marxismo, pelo contrário, considera essencial que se olhe para o Brasil, o povo brasileiro e as potencialidades da cultura popular (quanto a isso deu exemplo sobre a última montagem que fez a partir do Guimarães Rosa).

O estúdio do Latão estava completamente lotado. E o encontro foi muito rico e importante para os debates sobre teatro nacional

Hoje e amanhã o evento continua:

As idéias fora do lugar no teatro contemporâneo com Maria Sílvia Betti e Alexandre Mate

Sexta-feira, 30 de abril, 20 horas

“As confusões do pós-dramático”, por Maria Silvia Betti

“Sobre o teatro experimental hoje”, por Alexandre Mate

Mediação Martin Eikmeier e Rodrigo Bolzan, da Companhia do Latão

Dialética e Teatro, com Jorge Grespan e José Antonio Pasta

Sábado, 1° de maio, 18 horas

“Marx e a dialética”, por Jorge Grespan

“Brecht e a dialética”, por José Antonio Pasta

Mediação Luiz Gustavo Cruz e Ney Piacentini, da Companhia do Latão

Local

Estúdio do Latão

Rua Harmonia, 931 (próximo ao metro Vila Madalena)

Informações

(11) 3814.1905 e (11) 85164325