II Prêmio Bacante de Teatro e Outros

Especial   |       |    16 de maio de 2009    |    4 comentários

Confira aqui os vencedores

Patrocinador gosta de prêmio. Público gosta de prêmio. Artista (com exceção dos revoltosos ausentes do Oscar) gosta de prêmio. Diante disso, quem somos nós pra negar o retorno do Prêmio Bacante?

Embora entre 22 categorias, apenas um ganhador tenha, efetivamente, recebido seu prêmio, a edição de 2008 pode ser considerada um sucesso. Foram mais de cem comentários (sendo quase 50% do mesmo IP, mas tudo bem…) e repercussão internacional.

Diante dos aplausos, nós elaboramos, novamente contando com jurados de reconhecido saber em Teatro e Outros, a edição 2009. No II Prêmio Bacante, continuam correndo o risco de serem escolhidas todas as montagens (e outros) realizadas em 2009 ou em qualquer ano anterior. (Montagens imaginárias, infelizmente, não concorrerão nesta edição.) No entanto, o prêmio traz algumas mudanças significativas, a saber:

1. Para garantir a sanidade mental dos leitores da Bacante (ou o que resta dela), diminuímos o número de categorias de 22 para 9. É um verdadeiro desafio de síntese para os nossos jurados, exercício que, aliás, poderia ser muito útil para o teatro. Cabe comunicar aqui que consideramos a possibilidade de que a alteração arbitrária nas categorias afetasse a credibilidade desta avaliação, mas ponderamos que a técnica foi consagrada pela APCA, que continua muito respeitada em suas decisões e escolhas arbitrárias.

2. Para garantir a transparência do veículo, preferimos nos desvincular da AOCA (Associação Obscura de Críticos de Arte), pois não sabíamos quem eram seus componentes, uma vez que as reuniões sempre aconteciam no escuro. A partir disso, tentamos estabelecer uma parceria com um sabão em pó, mas ela não vingou, uma vez que eles estavam mais preocupados com brancura do que com transparência. Naturalmente. Tentamos também uma marca genérica de postos de gasolina. Outro fracasso. Como se tornou muito difícil encontrar um parceiro que fosse ícone da transparência ou do poderia petrolífero, optamos pelo labor independente.

3. Para garantir a (pouca) credibilidade desta revista, nos comprometemos a entregar todos os prêmios desta edição, ainda que à força.

4. Além de estarem abertos a discursos emocionados sem-palavras, choradeiras, agradecimentos piegas intermináveis e ranger de dentes, os comentários ganham uma nova função no Prêmio Bacante 2009: você, leitor da Bacante, pode sugerir novas categorias e candidatos para a próxima edição. Depois, lembre-se de rezar para o seu orixá, tirar uma foto sua com o padre Fábio e colocar no Orkut, fazer a corrente de libertação e dar três pulinhos para que haja outra edição.

Posto isso, está dada a largada! Que vençam os melhores. Ou não.

1. Prêmio Wilson/ Lehmann de Teatro Pós Dramático

Banco Lehman Brothers

РOcupa̤̣o da Funarte (leia mais aqui e aqui)

Os Persas

Discussão sobre stand-up comedy na Folha de São Paulo.

Fringe 2009, pelo conjunto da obra

SATED, pela magnífica palestra jurídica para novos sindicalizados

2. Prêmio Ferveção

Teatro Cultura Artística, pelo conjunto da obra milionária que virá. Ah, virá!

РGabriela Melḷo, pela mat̩ria sobre a Pra̤a Roosevelt.

Gambiarra, A Festa, por comemorar, toda semana, 137 aniversários, 13 estréias teatrais, 42 reestréias e 181 peças que estão terminando a temporada.

– Wagner Moura cantando com a banda dele, a “Sua Mãe”, no encerramento do Festival de Curitiba 2009.

3. Prêmio Mário Bortolotto de Interpretação de Si Próprio

– Alex Gruli por Gambiarra, A Festa

Antônio Abujamra, pelo conjunto da obra

Zé Celso Martinez Corrêa, pelo desconjunto da obra

Michel Melamed, pela excepcional atuação como Bentinho Melamed

Maksen Luiz por sua interpretação de crítico do JB no festival Janeiro dos Grandes Espetáculos, em Recife

4. Prêmio IPHANtunes de Patrimônios Tombáveis do Teatro Brasileiro

РZ̩ Celso Martinez Corr̻a

Gerald Thomas

РZ̩ Renato

Aderbal Freire Filho

Bárbara Heliodora

– Juca de Oliveira e Grande Elenco

5. Prêmio Pequenas Empresas, Grandes Negócios

Satyros pelo modelo de negócio inovador, segundo a Bravo

Parlapatões pelo modelo de negócio inovador, segundo a Bravo

– Club Noir pelo modelo de negócios inovador exatamente igual ao Satyros, mas um pouco mais distante da Roosevelt

Cooperativa Paulista de Teatro

Grupo Galpão por sua lojinha virtual, ups, boutique, que é mais chique.

EAD

SBAT

SATED

ECAD

6. Prêmio “Olha, vô, sem as mãos”

Las fin des terres

РAur̩lia Thierre̩, por L`Oratorio de Aur̩lia

Asas

Fuerzabruta

As Noivas de Dom Quixote

– Especialista em dança-sem-braços no espetáculo Big in Bombay

– Servílio Holanda pela interpretação do cachorro em Vau da Sarapalha

7. Prêmio Disk Amizade 2 – Os comentários cada vez melhores

– “Até q enfim alguém pra quebrar essa falsa lucidez intelectualóide que impregna o espectro do fazer teatral…” – Eduardo Marques em I Prêmio Bacante AOCA de Teatro e Outros.

– “…vou deixar pra você um definição que explica seu modo de pensar : O crítico é aquele que apanhou muito na escola dos garotos e garotas populares e hoje quer se vingar do mundo destruindo os filmes e peças teatrais com seus comentários sarcásticos ultra-elaborados” – Adriano G. R. Marfil – e “CÊ TÁ BEM LOKA?????!!!!” – LUCAS, na crítica de As Olívias Palitam. Os dois representam todos os comentários nesta crítica, que concorrem pelo conjunto da obra.

– “vai primeiro resolver tua historia com o teu pai, menino” – Teatrulha em A Noite Mais Fria do Ano.

– “Tábata é nome de xoxota” – Camilla Lopes em Monólogo da Velha Apresentadora.

– “Esses críticos são pessoas encaixadas no editorial de uma revista só porque são sobrinhos de alguém, netos, apadrinhados, enfim…rsrsrsrsrs…com certeza ele é daqueles “tipões” que vão às peças e se sentem importantíssimos, como se todos o conhecessem lá na platéia e deve usar um óculos de armação grossa…” – Dan Cezario em A Vida Secreta de Batman e Robin

8. Prêmio Wagner Moura de Queridinho da Verba

Beatriz Segall (e suas defesas públicas da Lei Rouanet)

Lázaro Ramos, por ser amigo do Wagner Moura

Dona Flor e Seus Dois Maridos pelos 18 patrocinadores estampados no folder da peça

9. Prêmio Madre Tereza de Melhor Contrapartida Social

РDoa̤̣o de fuma̤a feita por Gerald Tomas para o movimento a favor da permisṣo do cigarro nos butecos

Teatro da Vila, espaço dos Satyros na Vila Madalena

– Reserva de 150 convites para a necessitada classe artística na lotadíssima Mostra Latino Americana de Teatro de Grupo – cujos ingressos são gratuitos

Bento XVI

'4 comentários para “II Prêmio Bacante de Teatro e Outros”'
  1. Paulo luis disse:

    caraco, vcs tem um problema com quem ganha lei…
    desculpe mas a bacante ta muito chata!

  2. Paulo luis disse:

    vou comentar de novo, a ironia de vcs é ótima, e quando criticam também, mas só esse papinho de quem ganha prêmio , de lei, e tal me cheira a recalque!

  3. Paulo, não temos problema nenhum com quem ganha lei. Como já dissemos várias vezes, dinheiro é ótimo. Viabiliza projetos e encontros. E seria ótimo se todo mundo ganhasse/tivesse. Nós próprios estamos preparando várias coisas novas aqui pra Bacante graças a edital público.

    Mas a questão é: será que a distribuição desses recursos é justa? E os critérios? Não estou dizendo que sim ou que não, nem criando juízos de valor. É uma questão mais filosófica/sociológica mesmo, pra se pensar sempre – principalmente porque dinheiro (sobretudo $$ o público) não é cultura, mas interfere diretamente nela.

    Abraço

  4. Juli =) disse:

    E, só pra constar, este espaço aqui é justamente pra falar da babaquice que é a maioria dos prêmios que existem por aí… premiação, não verba pública necessariamente, é distinção subjetiva, que afasta, em vez de unir em um movimento, em encontros possíveis. Enfim. Há muito o que conversar sobre premiação, se quiser. Se não quiser, melhor acessar outra página que não o “Prêmio” Bacante, né?

    Beijos,
    Juli =)

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